Buscamos desejos conscientes, aqueles que acreditamos poder alcançar por nossos próprios meios. No entanto, devo alertar que temos a existência de desejos inconscientes, que muitas vezes nos impulsionam sem que percebamos. Criamos expectativas ao observar pessoas que alcançaram um certo "sucesso", mas essa visão é frequentemente distorcida. Vemos apenas a superfície, o que elas conquistaram, sem considerar os caminhos tortuosos, os desafios e os sofrimentos que enfrentaram.

Acreditamos em seus relatos de positivismo e grandes atitudes, mas ignoramos as complexidades de suas jornadas. Te convido a questionar essa idealização do sucesso, a reconhecer que a vida é feita de luz e sombra, de alegrias e tristezas. Ao invés de nos compararmos com o que vemos, devemos nos voltar para dentro, explorar nossos próprios desejos, conscientes e inconscientes.

É importante construir nossa própria prosperidade, não apenas financeira, mas também na saúde, na família, no trabalho e em todas as áreas da vida. Mas essa construção exige um olhar atento para o passado, para as experiências que nos moldaram e para os padrões que repetimos sem mesmo perceber, pois eles agem de forma automatica nos criando medo e insegurança

A construção da prosperidade é um ato contínuo, feito de pequenos passos, firmes e conscientes. É um caminho de aceitação com o que temos e com o que queremos conquistar e transformar. Ao invés de nos compararmos com os outros, devemos nos inspirar em suas jornadas, mas trilhar nosso próprio caminho, com autenticidade e coragem.

Um exemplo clássico de um padrão repetitivo de comportamento seria o de uma pessoa que, desde a infância, cresceu em um ambiente familiar onde o amor e a atenção eram expressos de forma condicional, ou seja, para receber atenção ela deveria dar algo em troca, do tipo “tirar uma nota alta na prova”, ou algo assim. Ao longo da vida, essa pessoa pode, inconscientemente, se envolver repetidamente em relacionamentos em que precisa "merecer" o amor, ou seja, ela escolhe parceiros que, de alguma forma, a tratam de forma fria ou negligente, para assim que ela fizer algo bom, receber o reconhecimento, quase “que aceitando migalhas sentimentais”. Esse comportamento repetitivo pode estar tentando, inconscientemente, resolver a sensação de rejeição ou abandono experimentada na infância, como se estivesse tentando recriar e, finalmente, "corrigir" esse trauma. No entanto, sem a consciência do padrão, ela acaba revivendo a dor do passado, sem conseguir modificar o resultado.
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Luciano Grenga é psicanalista, terapeuta e autor do livro "Você Não é a Sua Mente, mas Ela é Sua". Com uma formação sólida em Psicanálise (Freud, Lacan, Jung), Neurociências e PNL, ele tem ampla experiência em auxiliar pessoas a lidar com questões emocionais, promovendo o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal através da psicanálise.
Atendo com terapia psicanalítica presencialmente no Jardim Prudência – São Paulo, próximo à Vila Mascote, Campo Grande, Campo Belo e Jardim Marajoara, e também online para sua comodidade.

Para saber mais e agendar sua sessão, visite www.luciano.grenga.com.br ou entre em contato pelo Instagram: @luciano.grenga.